Pentecostes é a
Festa da Colheita!
Com grande alegria o
povo hebreu ofertava ao Senhor as primícias, os primeiros frutos da terra, o
que havia de melhor na primeira colheita. E Deus escolheu justamente esta Festa
judaica para cumprir a Sua Promessa de derramar o Espírito Santo não só sobre
os discípulos da primeira hora, mas sobre todo ser vivo (cf. Joel 3,1). Aqui há
uma questão emblemática: oferecemos a Deus as primícias do nosso interior, o
nosso coração, a nossa sede, o nosso apelo mais profundo pelo Amor de Deus e
Deus vem pressuroso ao nosso encontro, ao encontro da nossa sede, dando-nos
medida imensurável do Espírito Santo.
Por isso, é possível
dizer que o batismo no Espírito Santo é este “choque bendito”, este maravilhoso
encontro entre duas liberdades: Deus, em sua infinita bondade, amor e
misericórdia sempre vem ao encontro do homem com a Sua graça, com o Seu
Espírito; o homem, em seu livre arbítrio, busca a Deus de coração sincero,
contrito e, humilde, vai ao Seu encontro. Para que o Espírito Santo nos é dado?
Para que tenhamos força (At 1,8)! Força para vivermos como homens e mulheres salvos,
resgatados ao preço do Sangue Precioso de Jesus; força para que tenhamos a
têmpera dos mártires que lutam,
se preciso for, até
o sangue pela santidade (cf. Hb 12,4); força para que carreguemos a cruz com
amor e fervor; força para que amemos efetivamente uns aos outros e nos
suportemos mutuamente; força para que sejamos missionários neste mundo,
espalhando em todo lugar o perfume de Cristo (II Cor 2,15).
Em Pentecostes,
portanto, se cumpre a Promessa do Pai que nos ama com eterno amor e deseja que sejamos
pessoas cheias do Espírito Santo!