1 – ANTES DA PREGAÇÃO
a) Apresentação física:
Se o pregador se apresenta de qualquer
jeito, com uma aparência descuidada (cabelos despenteados, roupa amarrotada,
sapatos sujos, etc.), isso pode ser um obstáculo para que as pessoas aceitem a
mensagem. A apresentação do pregador deve ser adequada ao público para o qual
irá pregar. Não há necessidade de exageros nem de deficiências, mas tudo deve
ser feito dentro dos conformes.
b) Reconciliar-se com Deus:
Se a apresentação exterior é
importante, a interior é muito mais. Para não dar brecha a nada, principalmente
ao inimigo, o pregador deve perdoar e pedir perdão, purificar suas intenções e
motivações, ou seja, deve estar em harmonia com Deus, buscando, então, “viver sempre contente; orando sem cessar;
em todas as circunstancias dando graças a Deus; não extinguindo o Espírito nem
desprezando as profecias; examinando tudo para abraçar o que é bom e guardar-se
de toda a espécie de mal” (1 Tes
5,16-22).
c) Tempo:
O pregador deve estar no local da
pregação algum tempo antes do horário marcado não só para evitar correria,
desassossego, perturbação, mas também para observar algum detalhe do local que
possa aproveitar em sua pregação. Deve aproveitar ainda este tempo para ficar
um momento a sós com o Senhor, se enchendo de Seu poder e de Sua autoridade.
2 – DURANTE A PREGAÇÃO
a) Tomar autoridade:
Diante do auditório, o pregador deve
tomar autoridade no Nome do Senhor. Se o público é grande ou não, se há
pregadores ou autoridades religiosas presentes, tais fatores não devem
perturbá-lo. Se o pregador vacila, a mensagem de Deus não chega como Ele quer
ao coração das pessoas. Por isso, ter autoridade, pois a iniciativa de estar
ali não é própria, mas foi o Senhor quem o chamou e o enviou.
b) A voz:
O uso da voz é determinante na
pregação. Usa-se a voz como a palavra escrita de um jornal que contém todo tipo
de letra: pequenas, grandes, cursivas, normais, negritas. De igual maneira, há
coisas para se dizer ora com força, ora com suavidade, ora lentamente, para
chamar a atenção, realçar, enfatizar, aclarar, etc. O pregador tem de saber dar
ênfase onde é preciso, levantando ou abaixando a voz, dando uma tonalidade mais
brilhante, e pronunciando bem as palavras para que as pessoas entendam o que
ele diz.
É
preciso ter cuidado para que a voz não seja demasiado estudada, pois, parecerá
falsa; não seja tímida, tremida nem insegura, para que não se apóie em vícios
como: né?, Me entendem?; nem melodramática, entremeada de soluços. Tudo que é
artificial deforma a pregação, principalmente a voz. Você pode pedir para alguém
lhe assinalar as falhas que possam haver em sua voz enquanto prega, ou
analisar-se em uma gravação.
c) Os olhos:
Os olhos são elementos essenciais na
pregação. Assim, não deve o pregador, por exemplo, voltar-se para uma janela e
observar quem passa, pois, isso distrai os ouvintes; como também pregar olhando
constantemente para o relógio, pois, deixará os ouvintes incomodados.
O
Evangelho de Marcos se caracteriza por relatar o olhar de Jesus que passa
lentamente Seus olhos sobre os que o rodeiam.
Portanto, pregador, antes de começar
a pregação, atraia a atenção olhando a todos em silêncio, começando pelos
detrás e terminando pelos da frente. Veja as pessoas, passe seu olhar sobre
todas. Não abaixe os olhos e nem os pregue no teto, mas, tranquilamente, olhe
nos olhos de seus ouvintes, vendo-os com segurança e serenidade. Chame e fixe a
atenção, passando o olhar detrás para a frente. É melhor ver aos detrás, porque
assim o tom de sua voz torna-se mais forte. Se olhar somente os da frente, seu
tom de voz será mais moderando e nem todos o ouvirão. Fale sempre para os
detrás, capte o olhar deles e pode estar seguro de que os da frente o estão
vendo e ouvindo. Deixe que seu coração se encha de amor por eles. Não se
preocupe em fazer a melhor pregação, mas em amá-los com o amor de Jesus, e você
verá o resultado.
d) O rosto:
E necessário que o pregador suavize a
expressão de seu rosto para que não assuste nem intimide os ouvintes, sendo
coerente no que está fazendo. O rosto é reflexo do coração que deve estar
sereno e transmitindo paz. Rostos enojados ou mal humorados não são compatíveis
com o ministério do pregador.
e) As mãos:
Devem servir para desenhar o que o
pregador está dizendo. Portanto, nunca pregar com as mãos no bolso ou segurando
algum objeto, para se ter liberdade de movimento.
f) O
corpo:
O pregador não é um cassete que
transmite uma idéia. Toda a sua pessoa é comunicadora de uma mensagem. Por
isso, não exagerar com gestos espetaculares ou saltos, não coçar-se enquanto prega
como não fumar e não mascar chicletes, não recostar-se numa coluna ou parede. Todo
o seu corpo deve contribuir para que seu objetivo seja atingido, sendo bênção
para os ouvintes os gestos, a expressão e os movimentos, e não ocasião de
crítica e distração.
g) Os pés:
O pregador deve colocar-se bem,
mantendo os pés de forma que lhe de forma que lhe dê equilíbrio. Deve tomar
cuidado com o cabo do microfone para evitar que esbarre nele com os pés e cause
problemas.
h) A
respiração:
É a bateria que alimenta de energia a
voz, sendo, portanto, fator importante para o pregador. Assim, antes de começar
a pregação, é conveniente, respirar profundamente, várias vezes. Durante a
pregação, deve o pregador respirar pelo nariz e não pela boca, aquecendo e
purificando o ar, e não molestando a sua garganta.
i) Tempo:
É importante o cuidado com o tempo,
evitando-se olhar no relógio a toda hora, e também ultrapassar o tempo com
pregações longas.
3) DEPOIS
DA PREGAÇÃO
Após a pregação, deve o pregador
avaliar a sua atuação em todos os itens que evidenciamos no “antes e depois” da
pregação. Não existe melhor maneira que esta, pois, os erros nos ensinam desde
que estejamos dispostos a aprender com eles.
Fazer um gráfico de atenção das
pessoas.
Fazer uma "analise de solo":
como caiu a semente da palavra.
Não creia muito nas adulações.