ARAUTOS DA SALVAÇÃO - Ai de mim se não evangelizar

TEMA 3: O PREGADOR

1 Cor 2,1-5: O pregador não é o que fala bem, ou o que mais sabe, mas sim aquele que se importa somente com Jesus e por isso é cheio do poder do Espírito santo, para produzir a fé.

Atos 18,24: Apolo era um grande pregador conhecido, mas Áquila e Priscila tinham algo a ensinar, e ele a aprender. Qual foi sua reação? Aceitou, e aprendendo com eles, desempenhou melhor seu Ministério (Atos 18,27). Não basta o dom da oratória (diferente de pregação), ou a boa vontade, ou ainda o conhecimento da palavra. Temos que constantemente aprender, aperfeiçoar.

Gen 24: O Amigo do Noivo: que se compromete por ele, que se alegra que convença que conhece...

Todo pregador é uma antena receptora que capta a voz de Deus e a transmite. Temos de melhorar a recepção para melhor transmitir a mensagem. O fundamental do ministério de pregação é saber escutar. Moisés, Paulo, Salomão, e tantos outros, realizaram um bom serviço porque “gastaram” tempo escutando a Deus, primeiro.
            O que dá vida à nossa pregação não é a voz, a inflexão, ou qualquer outro recurso, mas a palavra de Deus “ruminada” em nosso coração que gera a “VIDA INTERIOR”.
Nós somos voz, e não a palavra.
            É preciso, acima de tudo, falar com Deus para poder falar de Deus.
            É preciso estar convencidos do Amor de Deus para falarmos dele aos outros.
            O bom pregador não aquele que fala bem, mas sim aquele que produz muitos frutos (Jo, 15). Portanto É FUNDAMENTAL QUE ESTEJAMOS UNIDOS AO TRONCO PARA GERARMOS FRUTOS.
           O bom pregador está inserido em uma comunidade. Pregadores que não possuem vida de comunidade não têm quem avalize seu anúncio e tampouco tem quem os envie.
Ser criativo, não se repetir, avaliar-se constantemente. NÃO SE TORNAR PROFISSIONAL DE UMA PALESTRA. Somos pescadores e não lavradores (chamado de Jesus), pois o pescador deve ser sempre criativo, buscar sempre e depender sempre do lançar das redes.
           Não obtemos sucesso porque falta-nos: audácia, zelo, garra, santidade.
Ser pregador é ser discípulo, buscando estar constantemente com o mestre.

           Para ser um discípulo pregador é preciso ter:
a) Experiência de Salvação – o pregador fala do que viveu, precisa experimentar a graça para levá-la aos outros.
b) Zelo pelo Evangelho – o pregador tem que ser um apaixonado por Jesus e sua obra. O zelo é um fogo impagável no coração.
c) Testemunho de vida – O testemunho é autêntico da pregação, temos que lutar para não pecar e invalidar com isso, o evangelho que pregamos.

QUALIDADES DO PREGADOR
          Consideramos novamente o texto de Gêneses 24:
          O amigo do noivo o conhece tanto que suas palavras despertam o amor na noiva que não o conhece!
           O pregador é aquele que conhece Jesus, ama-o e está tão comprometido com Ele, que suas palavras despertam estes mesmos sentimentos no coração ouvinte.
           É necessário o zelo que se traduz no desassombro que significa não ter medo, contar sempre com o agir do Espírito Santo (unção).
           O pregador deve estar e ser Igreja porque não pregamos o que pensamos, mas sim o que a Igreja ensina.
O Pregador precisa ser:
• Batizado no Espírito Santo
• Dócil ao Espírito e aberto aos carismas para que a pregação seja eficaz.
• Pessoa de oração
• Pessoa de fé
• Tem a experiência da salvação pessoal
• Testemunho plenamente aquilo que anuncia
• Que tem zelo pelo evangelho
• Que seja fiel e ame a Igreja
• Obediência
• Membro efetivo de um GO da RCC.

PREGADOR UNGIDO, PREGADOR OUSADO
Chamamos pregador ungido aquele que prega sob a ação do Espírito Santo, para isso é preciso ser ousado! Considerando que a pregação é um ministério sobrenatural, deve-se contar com a graça de Deus para realizá-la. A inspiração (unção) para a pregação poderá ser: Revelação pública (A Bíblia, documentos da Igreja, etc); Testemunho (Palavra de Deus vivida); Revelação privada (o que o Senhor quer que eu fale?) Isto é algo muito sério, precisamos ouvir do Senhor o que ele quer de nós para não por em risco a evangelização. Jesus tinha duas formas de evangelizar: com pregação e com obras!
         A inspiração (Unção) se traduz na Vida Interior da pregação. Devemos estar atentos ao sopro de Deus e enfunar nossas velas nesta direção.
        Não devemos caminhar além daquilo que foi preparado, rezado e inspirado.
Também eu, quando fui ter convosco, irmãos, não fui com o prestígio da eloqüência nem da sabedoria anunciar-vos o testemunho de Deus. Julguei não dever saber coisa alguma entre vós, senão Jesus Cristo, e Jesus Crucificado. A minha palavra e a minha pregação longe estavam da eloqüência persuasiva da sabedoria; eram, antes, uma demonstração do Espírito e do poder divino, para que vossa fé não baseasse na sabedoria dos homens, mas no poder de Deus”, (I Cor 2, 1-5)
        “A finalidade da pregação é, portanto, evangelizar. Entenda-se evangelizar em seus dois significados: Querigmático e catequético”.
       “Enquanto o pregador cumpre a sua tarefa de anunciar a Boa Nova, o ouvinte é tocado pelo Espírito Santo, a fim de que creia no que ouve, mas, em última análise, a decisão de aceitar o que pregamos é sempre do ouvinte. Entretanto, é licito que façamos o melhor, sob a unção do Espírito Santo, para que nossos irmãos acolham a Verdade que anunciamos. E o melhor que podemos fazer não tem limites. O Espírito Santo coloca à nossa disposição todos os seus dons para que possamos melhor desempenhar nosso mistério”.